O impacto da gestão de ativos de TI na produtividade das investigações digitais
A gestão de ativos de TI é um fator crítico no cenário cada vez mais digitalizado das investigações, exercendo um impacto direto e significativo na otimização dos processos investigativos.
Desta forma, compreender e implementar estratégias adequadas de gestão de ativos de TI não é apenas uma questão de organização, mas sim um diferencial estratégico que pode garantir maior agilidade, precisão e melhor capacidade de resposta das equipes de investigação digital.
Este artigo explora como a gestão de ativos de TI influencia a produtividade nas investigações digitais. Abordaremos os desafios comuns, como a obsolescência de equipamentos e a expiração de licenças, e demonstraremos como a adoção de ferramentas e práticas adequadas pode transformar a operação.
Ao longo da leitura, você descobrirá como a gestão de ativos de TI eficiente contribui para a otimização de recursos, a garantia da cadeia de custódia e, em última análise, para resultados mais eficazes e céleres em investigações digitais. Confira!
Obstáculos comuns na gestão de ativos de TI em investigações digitais
Um dos entraves significativos na gestão de ativos de TI em investigações digitais está atrelado à constante ameaça da obsolescência tecnológica. Em um campo onde as evidências digitais evoluem rapidamente em termos de complexidade e formato, a utilização de equipamentos desatualizados pode criar gargalos operacionais substanciais.
Computadores lentos, ferramentas forenses com capacidade de processamento limitada e periféricos incompatíveis não apenas retardam o trabalho dos investigadores, mas podem, em casos extremos, impossibilitar a análise de arquivos e dispositivos mais recentes.
Essa defasagem tecnológica impacta diretamente a produtividade, consumindo tempo valioso que poderia ser dedicado à análise e interpretação das evidências, além de comprometer o cumprimento de prazos para a conclusão das investigações.
Ademais, o risco representado pelas licenças de software expiradas ou pela utilização de softwares sem a devida licença é um problema sério com implicações legais e operacionais significativas.
Do ponto de vista legal, a utilização de softwares não licenciados pode acarretar em sanções para a organização, incluindo multas e processos judiciais. Operacionalmente, a expiração de uma licença pode resultar na perda repentina do acesso a funcionalidades críticas do software, interrompendo fluxos de trabalho e exigindo a busca urgente por novas licenças.
Essa interrupção não planejada causa atrasos e impacta a capacidade da equipe de investigação de dar continuidade às suas tarefas de forma eficiente.
A complexidade das falhas de atualização de softwares e sistemas também representa um obstáculo considerável na gestão de ativos de TI para investigações digitais.
A ausência de atualizações regulares pode abrir brechas de segurança, tornando os sistemas vulneráveis a ataques cibernéticos e comprometendo a integridade das evidências digitais.
Ainda, a falta de atualização pode gerar problemas de compatibilidade com outras ferramentas e softwares utilizados no processo investigativo, dificultando a troca de dados e a colaboração entre diferentes etapas da análise.
A não incorporação de novas funcionalidades presentes em versões atualizadas também impede que os investigadores explorem recursos avançados que poderiam otimizar seu trabalho e fornecer informações mais profundas sobre as evidências.
É importante notar que alguns fornecedores de software estão migrando para o modelo de subscrição, o que representa uma mudança positiva para mitigar o risco de utilização de programas desatualizados ou com licenças expiradas. Adotando esse modelo, as organizações garantem acesso contínuo às versões mais recentes dos softwares, incluindo todas as atualizações de segurança e novas funcionalidades, desde que a subscrição esteja ativa.
Essa abordagem proativa reduz a preocupação com a expiração de licenças e a necessidade de processos manuais de atualização, permitindo que as equipes de investigação foquem em suas atividades principais com a garantia de estarem utilizando ferramentas atualizadas e seguras.
Podemos observar que a obsolescência tecnológica, os riscos associados a licenças expiradas e a complexidade das falhas de atualização são desafios interconectados que podem minar a produtividade e a eficiência das investigações digitais.
Uma gestão de ativos de TI bem elaborada deve abordar proativamente essas questões, implementando estratégias de atualização contínua, monitoramento de licenças e planejamento de substituição de equipamentos, aproveitando inclusive modelos de subscrição para garantir um ambiente de trabalho tecnológico bem estruturado e atualizado para as equipes de investigação.
Ferramentas de gestão e monitoramento como aliadas na investigação digital
A implementação de softwares de gestão de ativos de TI representa uma estratégia interessante que ajuda a superar os obstáculos na investigação digital, oferecendo uma visão centralizada e um controle abrangente sobre todos os recursos tecnológicos.
Essas ferramentas proporcionam um inventário detalhado de hardware, software e licenças, permitindo que as organizações tenham clareza sobre seus ativos, sua localização, seu status e seus custos associados.
Uma visibilidade unificada facilita significativamente a organização dos recursos, otimizando a alocação e evitando redundâncias ou a perda de ativos. Somado a isso, a capacidade de rastrear o ciclo de vida dos ativos, desde a aquisição até o descarte, auxilia no planejamento de investimentos futuros, na identificação de necessidades de atualização ou substituição e na otimização do orçamento de TI.
No contexto específico da gestão de provas digitais, ferramentas como o Cellebrite Guardian ganham destaque. Essa plataforma exemplifica como a tecnologia pode ser aplicada para diminuir o trabalho da gestão de ativos de TI de armazenamento e gerenciamento de casos e evidências, protegendo a integridade da cadeia de custódia, um aspecto essencial em investigações forenses digitais.
O Cellebrite Guardian oferece um ambiente seguro e auditável para o gerenciamento de evidências, rastreando o acesso, as modificações e a movimentação dos arquivos digitais desde a sua coleta até a apresentação em juízo. Tirando dos laboratórios o trabalho de manter um ambiente com equipamentos que precisam de manutenção, atualização e reposição frequente.
Fornecendo um registro detalhado de todas as interações com as evidências, o Cellebrite Guardian fortalece a confiabilidade do processo investigativo e minimiza o risco de questionamentos sobre a autenticidade e a integridade das provas.
A ferramenta também contribui para o uso inteligente dos recursos de análise, permitindo que as equipes de investigação gerenciem de forma eficiente o acesso às evidências digitais.
Por meio de controles de permissão granularizados, é possível garantir que apenas pessoal autorizado tenha acesso a informações sensíveis, mantendo a confidencialidade e a segurança dos dados.
A plataforma também facilita a colaboração entre diferentes membros da equipe, ao mesmo tempo em que mantém um registro claro de quem acessou quais evidências e quando. Essa otimização do acesso e do uso dos recursos não apenas melhora a eficiência do trabalho investigativo, mas também garante que as evidências sejam manuseadas de forma responsável e em conformidade com os protocolos legais.
Lições do mundo empresarial para laboratórios forenses
No âmbito empresarial, organizações de diversos setores têm colhido frutos significativos ao implementar uma gestão de ativos de TI estruturada.
Na manufatura, por exemplo, empresas têm utilizado sistemas de gestão de ativos para monitorar o desempenho de equipamentos industriais conectados, permitindo a manutenção preditiva e evitando paradas não planejadas na produção, o que se traduz em maior produtividade e redução de custos operacionais.
No setor de serviços, companhias de consultoria têm otimizado a alocação de seus recursos de TI, como laptops e softwares especializados, garantindo que os consultores tenham as ferramentas adequadas para cada projeto, resultando em maior eficiência na entrega dos serviços e satisfação dos clientes.
Já no setor de tecnologia, empresas de desenvolvimento de software utilizam a gestão de ativos para controlar licenças de ferramentas de desenvolvimento, ambientes de teste e infraestrutura de servidores, assegurando a conformidade, otimizando custos e garantindo a disponibilidade dos recursos para as equipes de desenvolvimento, impactando diretamente a velocidade e a qualidade da entrega de seus produtos.
As estratégias implementadas por essas empresas geralmente envolvem a adoção de softwares de gestão de ativos que oferecem visibilidade do inventário de TI, automação de processos de controle de licenças, monitoramento do ciclo de vida dos ativos e análise de dados para otimizar a alocação de recursos e o planejamento de investimentos.
Os resultados alcançados incluem a redução de custos, o aumento da produtividade das equipes ao garantir que tenham acesso às ferramentas adequadas e atualizadas, a melhoria da segurança da informação através do controle de acesso e da gestão de atualizações, e a otimização do planejamento de investimentos em TI com base em dados concretos sobre a utilização e a vida útil dos ativos.
Relevância da experiência no cenário de investigações digitais
Assim como as empresas dos mais diversos setores enfrentam desafios relacionados à gestão de seus ativos de TI, os laboratórios forenses lidam com um volume crescente de equipamentos especializados, softwares de análise forense e licenças complexas.
A falta de uma gestão eficiente pode levar a gargalos operacionais, como equipamentos desatualizados que não conseguem processar evidências modernas, softwares sem licença que impedem análises ou a ausência de atualizações que comprometem a segurança e a capacidade de explorar novas funcionalidades.
Portanto, assim como uma empresa de manufatura que otimiza sua produção com o monitoramento de seus equipamentos, um laboratório forense pode alcançar maior agilidade e precisão em suas análises ao gerenciar eficientemente seus hardwares e softwares forenses.
A otimização de recursos, estimulada por uma gestão de ativos eficaz, torna-se decisivo para lidar com o crescente volume e a complexidade das evidências digitais, permitindo que os laboratórios forenses maximizem seus resultados e contribuam de forma mais eficiente para a justiça.
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Em um campo onde a tecnologia evolui constantemente e as evidências digitais se tornam cada vez mais complexas, a capacidade de gerenciar eficientemente os recursos de TI é fundamental para garantir a produtividade e a precisão do trabalho forense.
É necessário reconhecer a importância da inovação e da atualização constante no campo da tecnologia forense, mantendo-se atento às novas ferramentas e práticas que possam aprimorar a capacidade de investigação e garantir que a justiça seja servida de forma eficaz na era digital.
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